sábado, 22 de maio de 2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

9o. dia - Corrientes - Foz do Iguaçu

O último dia de viagem começou bem cedo. Saímos do hotel as 6 da manhã para percorrer 630km. Não queríamos pegar o calor do dia anterior. O pior é que a essa hora a temperatura estava 32graus. Dá pra imaginar?
Pegamos a estrada ainda escura. O dia foi amanhecendo aos poucos bem a nossa frente. A imagem estava linda. Pena eu nao ter batido nenhuma foto.

Paramos para abastecer em Posadas e tambem para tomar café da manhã. A viagem rendeu bastante até esse ponto. Toda parada é assim. Vários curiosos se aproximam com suas máquinas em mãos.



Apesar de ser um posto de gasolina, o café da manhã estava ótimo!


Faltava pouco para chegar ao Brasil. Mesmo assim tínhamos que parar de vez em quando para refrescar e hidratar.



Depois de 9 dias de viagem voltamos inteiros. A sentimento de alegria tomou conta de todos.


Daqui em diante as motos seguem caminho de caminhão e a gente de avião para SP.

As saudades das lindas paisagens e dos momentos deliciosos já começam a se manifestar. Tenho certeza que foi a viagem mais bonita que todos fizeram.


Qual será a proxima aventura?

Quero agradecer a todos que nos apoiaram nessa aventura, aos familiares e amigos que ficaram em casa com o coração na mão rezando por nós e a todos que acompanharam a vigem pelo blog. Foi uma experiência única.

Vou fazer um vídeo da viagem e postar aqui no blog. Aguardem!
Um grande abraço!

8o. Dia - Salta - Corrientes

Saímos cedo do hotel sabendo que enfrentaríamos uma longa e quente jornada. A saída de Salta foi tranqüila, pois pegamos algumas nuvens e o tempo fechado. Mas com o passar do tempo, ao entrar no Chaco Argentino as nuvens foram desaparecendo dando lugar a um sol escaldante e um calor de mais de 40graus.


Paramos em um posto em Pampa del Infierno. O nome é bem condizente com o lugar!



Olha só como o Xixo estava:


Só mesmo com muita água para aguentar.


Seguimos adiante. Depois de exustivos 830km e do insuportável calor chegamos a Corrientes. Conseguimos pegar um hotel gostoso. Gostoso por causa da piscina pois ele era mais antigo que a certidão de nascimento da vó do Miguel! Apesar de estar localizado em frente ao rio paraná (o Paraguai é do outro lado do rio) a temperatura estava próxima de 45graus.


A solução:



Ao lado do hotel tem um casino. imagina se a galera não foi torrar alguns pesos na roleta e nos caça níqueis.


Foi assim que a noite terminou. Amanhã teríamos a última perna da viagem!

7o, Dia - San Pedro de Atacama - Salta


Hoje se inicia a volta pra o Brasil. Acordamos cedo e tomamos um ótimo café da manhâ no hotel. Todos estavam devidamente agasalhados pois o frio prometia no Passo de Jama. No dia anterior o Miguel, o Xixo e o Roberto com medo do frio compraram cada um uma bataclava para enfrentar tempesdade de neve. O Miguel, claro, precisou de uma tamanho xxxxxxxl para caber na sua cabeça. Carregamos a moto, saímos e fomos em direção a aduana chilena. Esta está situada dentro de San Pedro de Atacama a mais de 160km da fronteira com a Argentina. O que acontece é que rodamos toda essa distância tendo dado a saída em um país mas sem ter dado entrada no outro.

Saindo de San Pedro, aquela descida de 42km em linha reta que eu relatei a alguns dias inverte. Ou seja, sâo 42km de subida em linha reta. Saímos de 2500m de altitude e chagamos a 4900m em aproximadamente 30 minutos. O frio cai 1 grau a cada 200 metros de altitude. Façam as contas....



O topo do Passo de Jama é deslumbrante. Vejam o Licambur ao fundo:



Chegamos nma aduana argentina em pouco mais de 1:30hr. Não sofremos os sintomas da altitude graças as folhas de coca devidamente mascadas ao longo do caminho. O trâmite na aduana foi tranquilo. demorou apenas uns 30 minutos!

Colado na Aduana Argentina tem um posto YPF. Antigamente (a alguns anos) não havia esse posto e era necessário percorrer mais de 300km sem nenhum posto. O pessoal que fazia de moto tinha que levar um galão de gasolina para poder chegar. Olha o lugar lindo que foram contruir o posto:

No posto encontramos uma turma de motociclistas de Cascavel (PR). Estávamos batendo um bom papo quando o Augusto ao manobrar sua moto no posto derrubou a moto do nosso recem amigo. Era uma GS e a mala lateral se soltou. A sorte do Algusto era que a mala já estava quebrada. Essa mala de plástico da GS quebra muito fácil. A minha teve que ir no banco presa a viagem inteira depois do tombo que tomei!

Um pouco mais a frente nos deparamos com um casal que levou um tombo de V-Strom depois de pegar óleo na pista. Vejam a poça. A sorte deles é que a moto (e eles) pararam antes do precipício. Graças a Deus não aconteceu nada com eles. A moto detonou. A embreagem não podia mais ser acionada. Alguma coisa com a parte hidráulica.



Depois dessa cena maneiramos a mão um pouco. Deu pra curtir bem a paisagem de volta. Que estrada linda. Ao chegar nos Caracoles para iniciar a descida para Purmamarca, nos deparamos com essa bonita cena das núvens abaixo das montanhas.



A chegada em Salta foi bem tranquila. O hotel era gostoso e a cidade uma graça. A localização era ótima. Bem perto do hotel havia uma rua cheia de bares e restaurantes. Foi ali que acabamos a noite longe daquele pó do atacama.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

6o. Dia - San Pedro de Atacama

Mais um dia livre em San Pedro. Programamos um passeio para os Geisers el Tatio. Tivemos que acordar as 3:30 da matina pois a van nos pegaria as 4:00hs. O caminho de aproximadamente 90km seria percorrido em 2 horas. Chegamos por volta das 6:30 e pegamos -5graus de temperatura. Estava muito frio. Mesmo com segunda pele e luva não teve jeito. O Geiser sé um fenômeno geológico que acontece diariamente pela manha antes do sol nascer. O magma logo abaixo da terra aquece o lençol freático e a pressão joga água para cima. Ela sai a 90graus da terra e tem um cheiro de enxofre terrível.

O café da manhã foi preparado ali mesmo.


Naquele frio tinha uma galera que aproveitou para tomar um banho de piscina. A temperatura da água era de 40 graus, fora -2. Afinal de contas o sol já estava esquentando o ambiente.



Ao sair dos Geisers, fomos em direção a um "pueblo", o povoado de Machucca.



Nesse povoado tivemos a oportunidade de encontrar alguns nativos bem primitivos. Eles não gostam que tirem fotos deles. Olha a reação quando isso acontece:


Ja na direção de San Pedro paramos em um vale alagado. Muito bonito por sinal.



Amanha iniciaremos a nossa volta. Estamos preocupados, pois passaremos pelo Passo de Jama as 9 da manha. Nesse horário a temperatura é abaixo de zero. Se hoje passamos frio, imagina em cima de uma moto.


Bom, amanha quando chegar em Salta eu conto como foi.

Abraços.

5o. Dia - San Pedro de Atacama

Hoje o dia era de descanso! Pelo menos para os velhos! Eu queria explorar a região. Como não tínhamos agendado nenhum passeio queria sair de moto e o Miguel e o Edu me acompanharam. Os outros ficaram no spa do hotel. Programamos conhecer duas atrações, as Termas de Puritama e o Vale de la Luna pois davam para ir de moto.


O caminho era bastante tranqüilo. A estrada não era asfaltada mas era de ripio, uma espécie de pedra prensada com terra. Paramos para tirar algumas fotos no caminho.




Estava tudo indo super bem até que entramos em um caminho fora do ripio com continha muita areia e o Miguel caiu com a moto. Como ele saiu do trilho, quando a roda da frente passou na areia escorregou e ele foi para o chão. Não aconteceu nada nem com a moto e nem com o "piloto". Depois disso ele ficou com um pouco de receio de andar em pista de terra.

Chegamos as Termas de Puritama. É um complexo de 8 piscinas naturais com águas termais a 37 graus. Interessante!



Depois disso fomos ate o Valle de la Luna que é um parque colado em San Pedro de Atacama com umas formações geológicas incríveis. As dunas de cor bege escura a luz do sol fazem com que a paisagem fique parecida com a superfície lunar. Daí o nome.





Voltamos para encontrar os outros (velhos) na hora do almoço. Fomos para o "pueblo" para encontrar um restaurante para almoçar. A cidade de San Pedro de Atacama é muito feia. Parece abandonada. Mas por trás das paredes de adobe estão restaurantes bem legais.



No final da tarde eu quis voltar para ver o por do sol no Valle de la Luna. Tinha que estar até as 8:15 da noite para não perder. Estávamos na piscina eu o Augusto e o Xixo e saímos para o quarto para se trocar e ir para o Valle. Eram 7:00hs exatamente. O Xixo resolveu não ir. As 7:45hs aparece o Augusto. Ele estava passado maquiagem novamente. Saímos correndo. Chegamos paramos as motos e começamos a subir uma duna enorme onde todos estavam assistindo o por do sol. Eu sai na frente a passos rápidos. Não deu 10 metros e eu já estava com a língua pra fora. Nunca me senti tão sem ar na minha vida. Tive que fazer umas 4 paradas no meio do caminho. Quando cheguei ao topo olha o que consegui:

O sol já tinha ido embora e eu colocando os pulmões pra fora.


O Augusto chegou depois de 10 minutos. Ele teve que fazer umas 30 paradas ao longo do caminho. O pior é que ele vinha subindo e a galera descendo.


Depois disso voltamos para o hotel meio frustrados.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

4o. dia - Purmamarca - San Pedro de Atacama

Já estou ficando repetitivo. Mas a viagem de hoje foi maravilhosa. Finalmente conseguimos usar as roupas de frio. Jaqueta, segunda pele, luva etc... Afinal de contas enfrentaríamos as condições mais estremas de toda a viagem. Atravessaríamos a Cordilheira dos Andes em Direção a San Pedro de Atacama. 4.900m de altitude e temperaturas em torno se 0 graus.

Acordamos cedo e tomamos um bom café da manha seguido de um chá de coca. A sensação é interessante. Parece que vc está meio alto e passando mal. Mas todos afirmam que ajuda muito a proteger o corpo dos efeitos da altitude. Bom, o que não atrapalha ajuda.






Iniciamos a subida as 8:30hs. O dia estava lindo o que contribuiu ainda mais para realçar a paisagem que já é muito bonita. As montanhas são deslumbrantes! A estrada vai serpenteando a cordilheira até chegar nos caracoles. Os caracoles são um conjunto de curvas que parecem um cotovelo. Sobe-se muito em poucos quilômetros. Em pouco tempo estávamos a 4.100m de altitude e a 10 graus de temperatura. Parecia mais frio mas era essa a temperatura que acusava no painel da moto.


Depois de atravessar esse primeiro paredão, descemos um pouco até 3500 e a paisagem parecia aquela que retrata a superfície de marte.



Alguns quilômetros a frente avista-se uma planície totalmente branca. É o Grand Salar. A algum tempo eu fiquei para trás. Todos os companheiros (mui companheiros) saíram disparados na frente. Eu parava de vez em quando para tirar fotos.



Os encontrei novamente parados em frente ao salar. Ao chegar até eles não tive dúvidas. Entrei direto no tapete branco e acelerei salar a dentro. Acho que todos ficaram abismados pois achavam que a consistência era parecida com areia. Na verdade a superfície do salar é rígida como um asfalto. Parei moto 1 km deles e depois de algum tempo eles me seguiram. Chegaram parecendo crianças!


Daí pra frente tudo foi ficando cada vez mais impressionante. Paramos para abastecer logo depois de Susques em um posto de faroeste.


 Encontramos uns chilenos que estavam com um saco de folha de coca e nos ofereceram. Sem titubear todos colocaram um punhado na boca.



Chegamos a fronteira da Argentina com o Chile na aduana. Nesse momento o calor bateu forte. Afinal de contas estávamos preparados para pegar neve. Gastamos uma hora mais ou menos para fazer todo o tramite. O Gonzalo, meu amigo de Buenos Aires que veio nos acompanhar de carro chegou logo em seguida.



Depois da fronteira começa o trecho mais pesado. Sobe-se a 4.900m de altitude e o frio pega mesmo. Isso porque eram 12:00hs.


A paisagem se modifica a cada curva. Eu estava passando um frio nas mãos e no pescoço tremendo. A luva não agüenta tanto frio assim. Nem a manopla aquecida da moto resolve.

Depois de 70km andando a 4.800m mais ou menos começa a descida para San Pedro. Ao lado está o vulcão Licanbur. É bastante imponente. A descida é uma linha reta de 40km. O Miguel e o Pessoal seguiram disparados na frente. Eu fiquei um pouco para trás e meu pai e o Xixo mais para trás ainda. Parei para tirar fotos e lodo eles me alcançaram.




Logo depois vimos todos parados no acostamento. O Miguel passou mal novamente. Tambem descer de 4.900 a 2.500 a 140km/h nem atleta aguenta.



Chegamos a San Pedro de Atacama. A cidade assusta pela aparente falta de infra-estrutura. O Hotel Kunza pelo menos é maravilhoso.



Agora é curtir o hotel e descancar um pouco!!!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

3o. dia - Cafayate - Purmamarca

Se o dia de ontem foi bonito o de hoje foi lindo! As paisagens mais deslumbrantes que eu já vi em cima de uma moto. Como tínhamos apenas 300km pela frente fomos andando devagar desfrutando o caminho.


 A estrada até Salta passa por um parque nacional. Todos estavam de boca aberta. O único problema é que al longo do caminho tinham algumas pedras na estrada que rolam das montanhas.



Depois de Salta pegamos a Ruta 9 que é uma estradinha bem estreita que passa por montanhas até Jujui. A paisagem mudou completamente. As montanhas rochosas e vermelhas deram lugar a uma floresta densa. A estrada não era para qualquer um. Não há como passar dois carros ao mesmo tempo. Quando dois se encontram um tem que sair para a grama. A quantidade de curvas é impressionante. Tivemos que trabalhar muito com as motos.


Em todo posto de gasolina que paramos é isso...





Chegamos em Jujui debaixo de um temporal. A temperatura desceu de 35 para 20 graus. Mesmo não sendo tão frio assim as mãos sofreram com o frio. Depois de 40km o sol apareceu forte novamente. O caminho para Purmamarca depois de Jujui retoma a paisagem desértica. É deslumbrante.


Chegamos ao hotel La Comarca. Novamente todos ficaram impressionados. O hotel é lindo! Tem um piscina térmica e todos foram para dentro. Minto, todos menos o Roberto que como já tinha tomado banho não quis entrar. Todo mundo ficou falando que queriam trazer as respectivas para cá. Lá do Brasil ninguém faz idéia de como é aqui.!


Meu amigo de Buenos Aires , o Gonzalo chegou aqui em Purmamarca. Daqui a pouco iremos nos encontrar. Haja vinho para segurar nossa noite aqui!

Amanha ele irá nos acompanhar de carro até San Pedro do Atacama. A previsão é que iremos passar um p. frio. Encontramos com uns motoqueiros que estavam vindo de lá e pegaram -1grau no Passo de Jama. Seja o que Deus quiser.